Ler

Reencontrei a leitura, ou ela me reencontrou. 

Por incentivo de amigos (Cidinei e Galba) voltei a ler, e descobri como a leitura de bons livros nos faz falta! Não falo da leitura técnica, aquela que fazemos sempre por exigência do trabalho, mas a leitura com gosto de sorvete, deliciosa! Com vontade de quero mais! 

O livro é hipnótico. Mergulho nele e esqueço o mundo. Sou sua personagem, com emoções e lembranças, sentindo que a minha vida se passa também pela narração ali desenvolvida. Maravilho-me e embriago-me com este licor de sabor doce e suave, mas ao mesmo tempo forte. É assim que me sinto e compartilho com todos este momento.

A PEQUENA VIAGEM

       Ao ir para Vitória em uma quinta-feira de ônibus, um detalhe veio logo em minha mente, o longo  tempo (1h e 30min) que levaria para chegar ao meu destino.

     Entro no ônibus que sai de Aracruz - ES às 6 horas da manhã. Sento na poltrona nº15 (janela), ligo meu Mp4, sempre o carrego recheado de boas músicas (The Beatles, Led Zepellin e muito rock nacional), arrumo-me o melhor e mais confortável possível na poltrona e espero a viagem...

        Em algum ponto da paisagem rural que desfila  através da janela do ônibus, descubro algo que me chama a atenção. O que antes era um olhar corriqueiro e sem vida, a mesma rodovia de sempre, hoje tornou-se diferente. Uma nova paisagem vista por mim pela primeira vez! Pensem comigo: trilha sonora e paisagens lindas!

       É, me peguei em um filme qualquer, onde a protagonista com seu olhar poético e distraído visualiza lugares encantadores em sua viagem, se reportando as mais diversas situações de sua vida. Música ao fundo, sentimentos surgindo, tudo acontecendo de forma lúdica e gostosa mesmo... Verdadeiro filme americano da década de 1950!

     Viagem boa e tranquila, até chegar ao local desejado.

  Com este diferente olhar posso até dizer: _Que pena! Acabou! Até a volta para a casa.

Encontros deliciosos

Em nossa casa existe um aprendizado implícito em cada momento ali vivido, muito expressivo e vivo em nossas relações no dia a dia. Isto graças aos conhecimentos do meu amado marido e amigo, Francisco, Fran, como é chamado pelos familiares e amigos. Música, leituras diversas, língua portuguesa e inglesa, que com facilidade são bem traduzidas e interpretadas por ele enchendo-nos de saberes diversos. Daí a necessidade de juntarmo-nos a pessoas com as mesmas atitudes e conhecimentos, e o “Fran”, nosso imã cultural, atrai amigos com estas mesmas características. E na “Varanda das Delícias” - segundo o professor Cidinei – acontece estes deliciosos escontros.